quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Portagens na A28: Investidores galegos podem "fugir" para zonas com melhores condições de mobilidade

Os empresários galegos estão “de corpo e alma” ao lado das reivindicações dos empresários vianenses quando contestam a introdução de portagens na A28. Isso mesmo foi dito, em Viana do Castelo, pelo presidente da Confederação do Comércio de Pontevedra que, juntamente com a Associação Empresarial vianense, assinou um Memorando no qual fica patente a preocupação dos empresários em relação aos efeitos negativos que esta medida pode acarretar. José Manuel Fernandes Alvariño diz mesmo que se forem introduzidas portagens na SCUT Litoral Norte, é muito provável que os empresários galegos procurem outras paragens para fazer os seus investimentos, já que as “regras do jogo” foram alteradas.




O responsável afirma que é preciso dizer aos Governos dos dois países que “quem faz a riqueza são os empresários” e que, neste caso, ao introduzir portagens na A28 o Governo está a alterar as condições que, até agora, atraíram muitos empresários galegos para a região. Lembra que 40% das empresas instaladas nos parques empresariais do Alto Minho são espanholas e que 82,5% das trocas comerciais entre o Norte de Portugal e a Galiza se fazem por auto-estrada, e principalmente pela fronteira de Valença. Recorda ainda que, em termos de importações, a Galiza é o maior cliente de Portugal. Luís Ceia, o presidente da Associação Empresarial vianense, recordou também a propósito o impacto que o mercado Galego tem no próprio funcionamento do Aeroporto Sá Carneiro. A Confederação dos Empresários de Pontevedra diz estar totalmente ao lado daquilo que considera ser uma “justa reivindicação” dos empresários nortenhos. Daí estar disposta a, juntamente com a Associação Empresarial de Viana do Castelo, dizer ao Governo português que a introdução de portagens na A28 pode vir a custar muito caro não só à região mas também ao próprio país.

 
 
 Ivone Marques
" Radio Geice "

Associação Empresarial de Viana quer empresários Espanhóis na luta contra portagens na A28

Multiplicam-se os argumentos contra a introdução de portagens na A28. A Associação Empresarial de Viana do Castelo, quer ver os empresários Espanhóis na luta contra as portagens na SCUT do Litoral Norte.




A Associação Empresarial de Viana, reúne esta quarta-feira em Viana do Castelo com os dirigentes da associação e da Confederação de Empresários de Pontevedra, onde no encontro vão estar em discussão "os constrangimentos à circulação de empresas, bens e serviços entre o Alto Minho e a Galiza".



Segundo argumenta o presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo, Luís Ceia, "Cerca de 40% dos lotes dos parques empresariais de toda a corda da A28 até Valença são espanhóis”, o que leva a concluir que a preocupação não é só dos empresários portugueses. Luís Ceia, lembra ainda que “aquando da construção desses parques, a sua comercialização foi feita com o pressuposto que estariam servidos de excelentes acessibilidades e sem custos, mas os dados foram alterados e o conceito da mobilidade pode aqui ser um problema", um "constrangimento" que poderá não só afectar as empresas já instaladas, mas também comprometer "a fixação de investimento estrangeiro na região".



No encontro de hoje, em Viana do Castelo, segundo revelou ainda o presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo, deverá ser elaborado um memorando "acerca das actuais necessidades dos empresários da região transfronteiriça", que incluirá a questão das portagens.


Autor: Fernanda Araújo
"Esposende Rádio"