O IC1 é uma via fundamental para o desenvolvimento de todo o Alto-Minho. Actualmente, a fazer a ligação entre Viana do Castelo até à cidade do Porto ( prosseguindo depois para sul ), torna-se essencial que esta importante via seja prolongada até à fronteira de Valença do Minho.
A importância da construção do IC 1 entre Viana e Valença é demonstrada pela enorme afluência de automóveis ligeiros e pesados que transitam na E. N. 13 entre estas localidades.
Se tivermos em conta que os veículos pesados de passageiros e mercadorias preferem fazer, quando se dirigem para o Porto ou para sul, o trajecto pela E. N. 13, utilizando em seguida o IC 1, abdicando servir-se da auto-estrada n.º 3 ( A3 ), que liga Valença-Porto ( por Braga ), em virtude de: ser mais rápido fazer a viagem por Viana; não serem obrigados a pagar portagens; e o percurso do IC1 não ser sinuoso ( o trajecto da A3 é bastante sinuoso, afastando os pesados para o IC1).
Também não pode ser esquecido que a passagem de veículos transportando matérias inflamáveis e/ou tóxicas ( ou seja, perigosas para a saúde e segurança pública ), poderá colocar em risco, em caso de acidente, os residentes de algumas vilas e cidades Alto-Minhotas.
Fazer o percurso entre o Porto e Viana ( cumprindo as regras do código da estrada referentes a velocidade ), demora actualmente cerca de 45 minutos. Fazer ( com o IC1 completo até à fronteira ) esse trajecto até Valença passará, em principio, a realizar-se em cerca de 75 minutos. Trará vantagens para o comércio e industria de cidades e vilas como sejam Viana do Castelo, Caminha, Vila Nova de Cerveira e Valença. Até a futura ponte internacional sobre o Rio Minho que ligará Cerveira a Goian será muito mais valorizada e rentabilizada se vier a estar ligada ao IC1, sendo mais rápido chegar do Porto a Espanha.
Todo o Alto-Minho sairá beneficiado com uma obra como esta. O desenvolvimento da região litoral mais pobre do país, implora por esta via de comunicação. Toda esta região ficará mais perto dos centros de decisão, como sejam, o Porto e a Galiza.
Para que tal suceda e os “ timmings” propostos, sejam cumpridos para a execução desta importante via, é necessário que os municípios façam a necessária pressão junto do Governo de forma a que as promessas feitas, não fiquem apenas por promessas eleitorais, mas se tornem uma realidade.
O Alto-Minho encontra-se bastante carenciado de infra-estruturas que proporcionem o desenvolvimento desejado.
É imprescindível inverter este rumo dos acontecimentos. O Alto-Minho não pode ficar apenas conhecido pelas suas paisagens, gastronomia, festas e romarias...
Daniel Pedro
Outubro de 2001
Publicado no Jornal de Noticias
sábado, 14 de novembro de 2009
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