quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Hotelaria preocupada com efeitos de portagens na A28

O presidente executivo da Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT), António Condé Pinto, manifestou-se hoje "completamente contra" a anunciada introdução de portagens da A28, entre Viana do Castelo e o Porto. "Sou completamente contra", afirmou Condé Pinto, sublinhando que é "incompreensível" querer introduzir portagens na A28 quando o mesmo não está previsto para a Via do Infante, no Algarve.

"São políticas que não estão a olhar para o território nacional com a coesão necessária", criticou. Condé Pinto falava durante uma conferência de imprensa em que foi divulgado o balanço da ocupação hoteleira no Alto Minho durante 2009, que se traduziu numa redução de 5,57 por cento em relação ao ano anterior. Em 2009, a taxa de ocupação hoteleira no Alto Minho foi de 47,9 por cento. Paralelamente, o preço médio por quarto também decresceu, "embora muito ligeiramente", passando de 66,27 euros para 66,17. "Menos quartos vendidos a praticamente o mesmo preço, o resultado é negativo", admitiu Condé Pinto. Segundo este responsável, o sector da hotelaria no Alto Minho esteve, em 2009, "em contra-ciclo" com a Região Norte, que nesse ano cresceu e apresentou mesmo "dos melhores resultados do País". Para o representante da APHORT em Viana do Castelo, Baptista Fernandes, a eventual introdução de portagens na A28 poderá agravar ainda mais a situação da hotelaria no distrito. "Quando estou a vender Viana do Castelo, digo ao cliente que tem uma auto-estrada de borla. Se disser que tem de pagar, já vai pensar duas vezes e, se calhar, acaba por não vir", referiu. Com sede no Porto, a APHORT conta com cerca de 5000 associados em todo o País e tem delegações em Viana do Castelo, Braga, Vila Real. Em breve, abrirá uma outra delegação, em Aveiro.

Por Paulo Julião
"Radio Geice"
20/01/2010

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